Tabanka do Huambo

Saber compartilhar cumplicidades, na vida, como forma de cultura e de ciência. Cumplicidades de vivências com os amigos numa abordagem vital para a sobrevivência do Planeta Terra.

Nome:
Localização: Coimbra, Portugal

Nascido no Huambo, em Angola. Médico de Medicina Geral e Familiar pela Faculdade de Medicina em Coimbra. Médico na Lousã.

2006-11-17

AMIGOS

Há amigos que nós gostamos de ter. Nem que seja só para vermos a vida de uma maneira diferente. Olhando as letras do Luandino Vieira que fazem poesia na dança da Ana Clara Guerra Marques o mundo seria mais interessante. Assim fico mais feliz por saber que a minha eterna namorada, Angola, deu à luz estes dois filhos magníficos que transmitem sensibilidade, alegria, emoção, cumplicidade, amor e afecto. Obrigado Angola.

2006-11-10

SEM COMENTÁRIOS

2006-11-07

S: MARTINHO

ASSADOR DE CASTANHAS


O castanheiro é uma árvore de grande porte, da família das fagáceas ou castaneáceas, que atinge grande longevidade, sendo considerado por muitos povos, como símbolo de perenidade, fartura e abastança. O seu fruto, a castanha, eclode ao fim de dez anos de vida da árvore, formando-se dentro de um ouriço.
O termo castanheiro aparece citado num documento em 960 d.C. muito antes da formação de Portugal em 1143.
A castanha foi, a par da bolota, um produto básico na alimentação, até aos séculos XVI, altura em que se introduz no nosso país a batata e o milho.
No decorrer do século XVI, em terras do Norte e das Beiras, consumiam-se mais castanhas do que pão, tornando-se no século XVII, um dos produtos básicos da alimentação dos beirões. Em anos maus ocupava o lugar da batata e para substituir o pão, fazia-se a “falacha”, que não era mais do que um bolo feito de castanhas piladas. No Barroso fazia-se ainda há poucos anos um caldo de castanhas em que estas eram reduzidas a puré, a que se juntava apenas um pouco de unto.
Embora represente em certas terras de Trás-os-Montes um produto de alto valor económico, a castanha tem vindo a perder, de forma significativa, o seu lugar de destaque na alimentação dos povos minhoto e beirão.
No Norte e na Beira Interior, regista-se a existência de grandes soutos, mas também há castanheiros na região de Entre Douro e Minho e em serras como Sintra e Monchique.
Pensa-se que a castanha assada seja criação dos pastores e lenhadores que há mais de mil anos, nas noites frias do Outono e Inverno juntavam à chama da fogueira, que acendiam para se aquecer, as castanhas colhidas nas proximidades.
Embora o resultado final seja muito semelhante, certo é, que a castanha assada encontra, em diversas proveniências, forma diferente de se preparar. Indispensáveis são as boas brasas e o golpe na castanha para que esta não rebente. Depois fica ao engenho e aos recursos de cada povo a forma de as preparar.
Na Galiza, a castanha é assada num tambor giratório em ferro e com buracos. Possui uma pequena porta por onde se deitam as castanhas. Coloca-se o tambor sobre brasas bem puxadas e gira-se lentamente, até as castanhas estarem assadas. Noutros locais, usa-se o assador de barro em forma de bandeja. As castanhas colocam-se sobre este, com as brasas bem quentes, com ou sem sal grosso, mexendo-se à medida que assam.
Em Portugal, e sobretudo no norte e centro do país, no dia 11 de Novembro, dia de S. Martinho, faz-se o “Magusto de S. Martinho”.