TELAS DO MAR
Bebo contigo as que forem precisas que não as necessárias. A amizade não é necessária é precisa. E essa não tem preço, conquista-se devagarinho como se conquista o fundo do mar. Devagarinho. E como diz a canção eu quero ir ao fundo do mar no corpo de uma mulher bonita. Depois de sentir as convulsões do prazer, de saborear sal do desejo, saboreio as gotas do amor. O poder do feminino. Sei que não estou só. Chega-me à memória o sonho pintado nas telas da vida. O quadro tem cores fortes, quentes, onde predominam os vermelhos, os azulões, os verdes, os amarelos. Do fogo, do mar, da esperança e da terra que é minha, que é tua.
Um dia, de mãos dadas, como se fossemos outra vez crianças, iremos no barco da nossa poesia navegar no livro da nossa solidariedade, à procura do nosso porto de abrigo. Atracaremos devagarinho, de manhã bem cedo, e logo ali, dançaremos a dança da vitória. Bebe mais uma comigo.
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