AMOR PROIBIDO
Levantei o búzio do chão, a espuma das ondas fazia pinturas de amar nas telas dos corpos nus deitados na areia, o mar acariciou os teus seios e lá longe, dentro do búzio, ouvia chamar pelo mar. De tanto mar sonharmos, a água borbulhou nas nossas bocas, o vento juntou os nossos corpos por detrás daquele muro da amizade, começamos a olhar o sol e vimos o brilho da terra. Cansados, depois do amor, sentamo-nos nas pedras silenciosas pensando que a nossa felicidade podia ser o ribombar de trovejão e faísca das calemas da nossa ilha.
A música de um violão penetrou no nosso tempo fazendo-o voltar atrás, e no mais secreto do areal os teus peitos desabotoados pediram amores que se começaram a acariciar, escondendo-se em cada um, cada vez com mais raiva. Até explodir em frágeis sons de quissange, de recordações. E no final os nossos corpos secaram com a terra vermelha e amarelada da nossa sagrada esperança. Hoje mergulhei na felicidade de um fazedor de vontades de monandengues.
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