MADRUGADAS
As madrugadas das noites chegam-me a cansar. Ainda esta madrugada, 5 de Junho, fiquei exausto. Sem máscara, só de branco, ouvindo todos os barulhos da noite, menos aquele que queria ouvir. O som da vida de uma jovem de 23 anos que desistiu de viver. E, no final, os gritos de uma mãe que recebeu a notícia a seco "A sua filha morreu". Será que a morte veste de branco?
Não sei se vou aguentar muitas mais noites. Estou quase a desistir. Porque, no final da noite, ao frio ou ao quente, se sofre sozinho olhando o infinito escuro. E nem a passarada da manhã e o brilho do sol me fez sorrir. Assim não vale!
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