Tabanka do Huambo

Saber compartilhar cumplicidades, na vida, como forma de cultura e de ciência. Cumplicidades de vivências com os amigos numa abordagem vital para a sobrevivência do Planeta Terra.

Nome:
Localização: Coimbra, Portugal

Nascido no Huambo, em Angola. Médico de Medicina Geral e Familiar pela Faculdade de Medicina em Coimbra. Médico na Lousã.

2005-03-20

EMBARAÇADO

Descobri que existem expressões que espremidas não deitam sumo nem servem como vitamínico para curar algum espirro mais intenso. Claro que às vezes temos os eruditas da língua e da escrita, que resolvem dar conteúdo ao que se escreve, exprime ou espreme. Depois temos os práticos que resolvem resolver (não é erro) tudo que parece difícil mas que eles, com sabedoria teórica mas sobretudo a prática, tornam fácil. Um parêntesis para afirmar que uma das melhores máquinas fotográficas que tive, com lentes Zeiss, foi uma Praktica, da DDR.Voltando ao início tipo pescadinha de rabo na boca, direi que sofro com expressões como ventre agudo! E dou comigo a pensar porque será que não existe um ventre grave ou esdrúxulo? Ou não é verdade que quando temos um ventre agudo não é uma situação grave? E o nosso ventre da felicidade tipo maçã, cimentado pelos excessos de sedentarismo, não será uma esdruxulice ventral que pode ser uma situação aguda pronunciando a gravidade da doença? Pois só dará valor ao ventre agudo quem alguma vez o teve. Agudizado, por exemplo, por um cristal rômbico rasgando o canal uretral depois de ter abandonado um rim e enviado para uma bexiga que o rejeita. São mais fortes que as dores de parto, clamam os machões quando aliviados do agudo da situação. Assim prefiro um ventre aumentado pela felicidade de um filho que vai nascer. Esse não é agudo, nem grave, nem nada. Está embaraçado, o ventre!