A MINHA DESCOBERTA DA ÍNDIA VI - COMO EU GOSTAVA
30.11
Hoje o meu destino foi Forte Aguada. Começada a sua construção em 1604 esta foi finalizada, a sua parte principal, em 1812, data que esta (ou estava?) marcada numa placa:
"REINANDO MUI CATHOLICO REI D. FILLIPE 2.º DE PORTUGAL MANDOU A CIDADE FAZER ESTA FORTALEZA DO DINHEIRO DE UM POR CENTO, PARA GUARDA E DEFFENSÃO DAS NÁOS, QUE A ESTE PORTO VEM, A QUAL FOI ACABADA PELOS VEREADORES DO ANNO 1612, SENDO VICE-REI DÉSTE ESTADO RUI LOURENÇO DE TAVORA."
Lutei para chegar à memória de uma certa tarde em que me era difícil acordar e ver que o mundo corria alucinado à minha volta. Nesse momento ajudei-me a pensar e fiz uma pergunta a mim mesmo. Será que Portugal continua a esquecer-se que tem história ou será que não tem a história que me ensinaram?
Volto para a Índia e entro no mercado de Panjim, ou Panajai. Aqui começa uma correnteza sem paragem, uma viagem que não cessa e viajo com esta gente pelos corredores apertados como marinheiros nos braços de um rio que desagua no Mandovi. Flores, especiarias, peixe, vegetais, carne, fruta, cores, cheiros, simpatia, sorrisos. O mundo passara por aqui e foi-se embora. Como eu gostava que estivesses aqui.
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