Tabanka do Huambo

Saber compartilhar cumplicidades, na vida, como forma de cultura e de ciência. Cumplicidades de vivências com os amigos numa abordagem vital para a sobrevivência do Planeta Terra.

Nome:
Localização: Coimbra, Portugal

Nascido no Huambo, em Angola. Médico de Medicina Geral e Familiar pela Faculdade de Medicina em Coimbra. Médico na Lousã.

2006-12-01

COLIBRI E HAKUNA MATATA

A Dra Wangari Maathai do Kénia, Prémio Nobel da Paz, dirigente do movimento “Cinturão verde” (Green Belt), plantou já 32.000.000 (trinta e dois milhões) de árvores com a participação, especialmente, de mulheres africanas.
Ela contou a seguinte história:

“Havia um grande incêndio na floresta. Preocupados, os animais fugiram da selva em chamas.
Quando todos se encontravam em lugar distante, ficaram apenas olhando!
Eles julgavam que nada podiam fazer, pois o incêndio era enorme.
No entanto, um pequeno colibri decidiu tentar apagar o fogo.
O pássaro foi até ao rio próximo, pegou numa gota de água com o bico, sobrevoou a floresta em chamas e lançou a gota de água.
Enquanto ele ia e vinha, os outros animeis perguntavam:
- O que estás a fazer?... Tu és pequeno demais e o incêndio é demasiado grande!
Muitos desses pássaros pessimistas tinham bicos muito grandes. Mas não ajudavam!
O colibri, porém, estava convencido que era preciso fazer alguma coisa e, por isso, continuou a lançar as pequenas gotas de água sobre as chamas que consumiam as árvores.”
(Trad. Livre)

Wangari Maathai, o Prémio Nobel da Paz, diz-nos que temos de ser como este colibri. Não podemos sucumbir diante das dificuldades. Temos todos, mesmo todos, que ajudar a apagar o incêndio.

Nesta “esteira sem picos e sem percevejos”, o grupo do painel 19 (Ecologia e Ambiente) aqui reunido, em Luanda, dia 30 de Novembro de 2006, durante o IX Congresso Luso-Afro-Brasileiro, alerta para todos estes desafios que temos de enfrentar e propõe que os governos, as forças vivas da sociedade civil, as escolas e as universidades e os cidadãos em geral, se mobilizem para acções exemplares de profundo sentido ecológico.
É preciso que todos sejamos os colibris que levem a nossa contribuição, a nossa gota de água para a solução dos problemas deste país que é a parte integrante de soluções necessárias neste continente africano e no planeta.
É preciso que a nossa acção local contribua para uma acção planetária.
É preciso que a nossa esteira do ambiente alerte e cumpra este projecto que ora encetamos.

Este texto "pertence" ao blog Esteira do Ambiente cujo link é link: http://ecologiaambiente.blogspot.com/. Por aqui se descobre que em Angola também existe uma preocupação com a ecologia.