Tabanka do Huambo

Saber compartilhar cumplicidades, na vida, como forma de cultura e de ciência. Cumplicidades de vivências com os amigos numa abordagem vital para a sobrevivência do Planeta Terra.

Nome:
Localização: Coimbra, Portugal

Nascido no Huambo, em Angola. Médico de Medicina Geral e Familiar pela Faculdade de Medicina em Coimbra. Médico na Lousã.

2006-04-26

PALOMA NEGRA

Foto: Augusto Fifer

A minha homenagem ao povo maia e a um país maravilhoso, o México, e a uma região cheia de mistério e boas recordações, Yucátan.


Paloma Negra


Ya me canso de llorar y no amanece
Ya no sé si maldecirte o por ti rezar
Tengo miedo de buscarte y de encontrarte
Donde me aseguran mis amigos que te vas
Hay momentos en que quisiera mejor rajarme
Y arrancarme ya los clavos de mi penar
Pero mis ojos se mueren si mirar tus ojos
Y mi cariño con la aurora te vuelve a esperar


Y aggaraste por tu cuenta la parranda
Paloma negra paloma negra dónde, dónde andarás?
Ya no jueges con mi honra parrandera
Si tus caricias han de ser mías, de nadie mas


Y aunque te amo con locura ya no vuelves
Paloma negra eres la reja de un penar
Quiero ser libre vivir mi vida con quien yo quiera
Dios dame fuerza que me estoy muriendo por irla a buscar


Y agarraste por tu cuenta las parrandas

2006-04-20

GRANDES ESCRITORES



O século XVII foi uma época dominada pelos homens. No entanto, a literatura neo-hispânica encontrou o seu valor mais importante numa monja jerónima, "Musa Décima", Irmã Joana Inés de la Cruz, paradigma da poesia colonial e motor da intelectualidade desses tempos.

A sua obra escrita em prosa, poesia lírica e teatro pronuncia-se, entre outras coisas, pelo direito da mulher à educação e a ser reconhecida como ser humano e inteligente. Nela se misturam de maneira incisiva e brilhante os temas sagrados e profanos. A sua luta por estas causas valeram, à Irmã Joana, o reconhecimento das personagens mais importantes da nobreza e da intelectualidade da Nueva España mas também a perseguição pela igraja.

O seu nome divide-se entre a solidez palpável da sua literatura e a história da sua vida reconstruída entre os escritos de várias épocas.

Este amoroso tormento

qui em mi corazón se ve,

sé que lo siento y no sé

la causa por que lo siento.

2006-04-09

JUANA INÉS DE LA CRUZ

JUANA INÉS DE LA CRUZ

Vou estar ausente durante 10 dias. Aqui deixo um pequeno poema de uma das mais prestigiadas escritoras mexicanas. Juana Inés de Asbaje y Ramírez de Santillana, naceu a 12 de Novembre de 1651 em San Miguel de Nepantla, Amecameca. Mulher que se fez respeitar pelas suas ideias e coerência numa época em que "dizer o que se pensava era pecado". É, sem dúvida, um dos maiores valores da literatura mexicana se tivermos em conta que no século XVII essa mesma literatura era cultivada por poetas sem condições de cultura ou talento.

ESTA TARDE MI BIEN

Esta tarde, mi bien, cuando te hablaba,

como en tu rostro y tus acciones vía

que con palabras no te persuadía,

que el corazón me vieses deseaba;

y Amor, que mis intentos ayudaba,

venció lo que imposible parecía:

pues entre el llanto, que el dolor vertía,

el corazón deshecho destilaba.

Baste ya de rigores, mi bien, baste:

no te atormenten más celos tiranos,

ni el vil recelo tu inquietud contraste

con sombras necias, con indicios vanos,

pues ya en líquido humor viste y tocaste

mi corazón deshecho entre tus manos.

2006-04-04

AS PALAVRAS E O POEMA


Desenho as palavras nas manhãs daquele tempo em que o sol nasce para todas as pessoas. Mas as palavras, as tuas palavras, são longe e de longe eu vejo a luz que se esconde atrás do meu desejo de te querer junto a mim. Não sei onde foste nem se nas palavras que pressinto tu me dizes que me amaste ou me amas. Que fazes com os silêncios quando me olhas e me dizes que sou o teu amor? Cobres-me de alegrias prometidas e as tuas mãos a mim procuram num intenso prometer de carícias loucas. No amor que nos damos, o teu corpo e o meu vão ao encontro do prazer que eu te quero dar e tu me dás. Por isso as palavras que te escrevo não são inventadas, nem esquecidas. São vividas na paixão que soltamos e nos beijos que desejamos. Este amor que é ternura, que te quer como a ninguém, floresce nas madrugadas quentes do meu corpo. E assim me perco no desejo de te amar com mais força num sedento querer de futuro. Quero-te por seres mulher e saber que é por ti que eu me perco e que me ganho. Por ti tudo o que tenho dou e tudo o que te dou é verdadeiro. Como gosto de brincar com as palavras enquanto fazemos amor e construir os nossos poemas com os versos beijados no teu corpo. Olho o céu e sinto o calor que te dei e gosto de te olhar nas manhãs em que te perdes e eu me perco. Num abraço teu sinto que a vida renasce e que tudo tem sentido neste apetece escondido. E sinto que a chuva molhada não consegue apagar as palavras que tenho para ti. Junto a ti os deuses não desatam o tempo da memória. Gosto de ser o teu segredo e em qualquer lugar adoro pensar em ti, meu amor. Havemos de sentir o amanhecer dos desejos de sermos e estarmos, homem e mulher. A ti e a mim é o amor que nos consome num ímpeto maior. Sente, meu amor, a alegria dos sorrisos feitos poema, das palavras cantadas mil vezes, saber os versos de todos os cânticos que te dizem que eu te amo. Amar-te é o melhor poema do meu mundo. E eu sei que te vou amar. Eternamente.